Após decisão judicial, brigadistas de Alter do Chão saem da prisão
Os quatro brigadistas tinham sido presos na terça-feira 26, e eram apontados como responsáveis pelos incêndios na região de Alter do Chão
JOÃO VICTOR ROMANO, UM DOS BRIGADISTAS PRESOS EM SANTARÉM (PA) (FOTO: REPRODUÇÃO)
Os quatro brigadistas da organização Brigada de Alter do Chão, que tinham sido presos após serem acusados de atearem fogo na floresta, tiveram prisão preventiva revogada pela Justiça do Pará. O alvará de soltura estava sendo cumprido no fim da tarde desta quinta-feira 28 no Centro de Triagem Masculina de Santarém.
Daniel Gutierrez Govino, João Victor Pereira Romano, Gustavo de Almeida Fernandes e Marcelo Aron Cwerner foram presos nas respectivas residências na terça-feira 26. Eles passaram pela audiência de custódia na tarde da quarta-feira 27, mas tiveram a liberdade negada pelo juiz Alexandre Rizzi – que, hoje, viria a liberá-los.
Rizzi argumenta que, por conta da apreensão de diversos documentos, HDs e computadores dos quatro voluntários e de demais ONGs citadas no inquérito, o tempo de análise do material manteria os brigadistas na cadeia sem necessidade.
Nesta quinta-feira, o governador do Pará, Helder Barbalho, pediu para que se trocasse o responsável pelo inquérito que prendeu os brigadistas em Santarém.
O novo responsável pelo caso, agora, é o delegado Waldir Freire, da Delegacia do Meio Ambiente. “Ninguém está acima da lei, mas ninguém pode ser vítima de pré-julgamento ou ter seu direito de defesa cerceado”, diz Barbalho no vídeo.
O Ministério Público Federal também já havia emitido nota à respeito. O órgão afirma que já havia uma investigação em curso desde setembro na Polícia Federal, e que “nenhum elemento apontava para a participação de brigadistas ou organizações da sociedade civil”.